segunda-feira, 17 de junho de 2013

Pedreiras de Matões, riqueza natural em abundância

O Município de Matões tem pedra de pavimentação para mais de 50 anos de exploração

Por Abdenaldo Rodrigues/Matões Notícias
Matéria Especial/Texto e Fotografias: Abdenaldo Rodrigues


Pedreiras de Matões abastecem vários municípios da região
Nos povoados Carambola e Marco, às margens do riacho Tapera, dentro de uma mata de cocal, encontram-se as principais pedreiras de Matões, uma riqueza natural que abastece além do próprio município, os vizinhos Timon, Caxias e a capital piauiense, Teresina.  Os paralelepípedos talhados à mão servem para pavimentação de ruas e calçadas.

A exploração das pedreiras começaram no início dos anos 90, no governo do então prefeito Rubens Pereira. Antes, os moradores da região ganhavam a vida cultivando pequenas roças. Mas após passarem por um treinamento, oferecido pelo gestor, descobriram que tinham uma mina inesgotável de rochas dos tipos amarela e roxa. “Depois da abertura das pedreiras, nunca mais ninguém quis saber de roça”, disse Geraldo, um dos quebradores de pedra.
 
O Sr. João, de 50 anos, quebra pedra desde o início da exploração da atividade  no povoado Carambola. Mais tarde, conseguiu com o resultado do seu trabalho de quebrador, construir uma casa na comunidade dos Marco, próximo a outra pedreira, onde reside com a família e trabalha até os dias de hoje.
 
Por falta de equipamentos de segurança, vez em quando trabalhadores das pedreiras sofrem pequenos acidentes, devido as lascas afiadas voarem em direção principalmente das pernas desprotegidas. Mas seu João disse que já está acostumado e não saberia trabalhar de botas e luvas: "Aqui a gente já faz esse serviço há muito tempo dessa maneira e já estamos acostumados e eu não saberia quebrar pedras de outro jeito".

Os instrumentos de trabalho de um quebrador de pedra são o pixote (objeto pontiagudo parecendo um grande prego) e marretas, que pesam em média de 4 a 5 quilos. Além desses, utilizam também pequenos cartuchos de explosivos, colocados cuidadosamente em pontos estratégicos nas rochas para cortá-las em tamanhos precisos.

Os lajeiros de pedras são arrendados atualmente pelo  Sr. Edmilson de Oliveira, de 36 anos, que explicou: “Geralmente, a produção é feita em duplas; um derruba a pedra e outro, com uma marreta, corta em pedaços menores”.  A produção é paga por milheiro e, em média, um trabalhador da pedreira, quebrando dois milheiros de pedra por dia, ganha mil e duzentos reais mensal. Mais de 30 famílias vivem da atividade na região.

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