quarta-feira, 22 de abril de 2015

Menor mata colega a punhalada no povoado Santa Luzia, município de Matões

Com informação do blog Mairan Odecam
No final da tarde do último domingo (19), no povoado Santa Luzia, distante 18 km da sede, aconteceu um crime que chocou a população do município de Matões. Com uma punhalada, um menor tirou a vida de um colega seu, quando voltavam de um bar.
Segundo relatos, o desentendimento entre os jovens ocorreu por conta de uma quantia insignificante de R$ 5,00. Outra versão, é que os dois discutiram devido um colar e um brinco. No calor da discórdia, Silvestre Martins (de 19 anos), puxou um punhal e ameaçou o colega. O menor, de inicial A., de 16 anos, tomou-lhe a arma e desferiu-lhe uma facada no peito.
O menor, que era amigo da vítima desde criança, foi apreendido pela polícia e encontra-se detido na delegacia da cidade.

Um comentário:

Basílio da Silva Rocha disse...

“A escuridão não pode expulsar a escuridão, apenas a luz pode fazer isso. O ódio não pode expulsar o ódio, só o amor pode fazer isso.” É muito triste presenciar a imagem desse adolescente morto. O que está acontecendo com nossos jovens? Por que tanta ignorância? Acredito que as autoridades competentes de Matões precisam debater soluções, mas soluções reais e não discursos demagógicos, a fim de amenizar situações como essa que aconteceu em Santa Luzia. Hoje, a segurança pública brasileira, tem o grande foco no combate às drogas e ao contrabando. Ora, se os recursos para a segurança pública não são infinitos e sim escassos, é necessário um foco. A retórica de endurecer penas, punir cada vez mais forte – adultos e adolescentes – é falaciosa. O principal problema é a impunidade. Se ao matar alguém você tem chance de sair impune, a dureza da pena não faz tanta diferença. A certeza da punição é mais importante do que a dureza da pena. E uma vez para ser punida, a pessoa também precisa ser reintegrada para que se reduza o índice de reincidência, senão se cria um ciclo cada vez maior de violência. Para além da discussão filosófica da responsabilidade individual do infrator versus a sua condição social, o dado concreto é que em países em que há mais oportunidades de estudo, esporte e lazer para os jovens e trabalho e educação para os adultos, o índice de criminalidade é menor. É isso que deve ser buscado, oportunidades de estudo, e empregos dignos para todos. A violência juvenil está associada a um quadro de vulnerabilidade social. É como se, antes de delinquir, os adolescentes percorressem uma escalada triste: desagregação familiar, falta de acesso a serviços públicos básicos, evasão escolar, envolvimento com drogas. A sociedade e o Estado não estão devidamente articulados para suprir as dificuldades da família de forma a evitar que o adolescente se envolva em práticas criminosas, destruindo sua própria vida e de seus familiares. É isso!