Com informação do blog Mairan Odecam
No final da tarde do último domingo (19), no povoado Santa Luzia, distante 18 km da sede, aconteceu um crime que chocou a população do município de Matões. Com uma punhalada, um menor tirou a vida de um colega seu, quando voltavam de um bar.
Segundo relatos, o desentendimento entre os jovens ocorreu por conta de uma quantia insignificante de R$ 5,00. Outra versão, é que os dois discutiram devido um colar e um brinco. No calor da discórdia, Silvestre Martins (de 19 anos), puxou um punhal e ameaçou o colega. O menor, de inicial A., de 16 anos, tomou-lhe a arma e desferiu-lhe uma facada no peito.
O menor, que era amigo da vítima desde criança, foi apreendido pela polícia e encontra-se detido na delegacia da cidade.
Um comentário:
“A escuridão não pode expulsar a escuridão, apenas a luz pode fazer isso. O ódio não pode expulsar o ódio, só o amor pode fazer isso.” É muito triste presenciar a imagem desse adolescente morto. O que está acontecendo com nossos jovens? Por que tanta ignorância? Acredito que as autoridades competentes de Matões precisam debater soluções, mas soluções reais e não discursos demagógicos, a fim de amenizar situações como essa que aconteceu em Santa Luzia. Hoje, a segurança pública brasileira, tem o grande foco no combate às drogas e ao contrabando. Ora, se os recursos para a segurança pública não são infinitos e sim escassos, é necessário um foco. A retórica de endurecer penas, punir cada vez mais forte – adultos e adolescentes – é falaciosa. O principal problema é a impunidade. Se ao matar alguém você tem chance de sair impune, a dureza da pena não faz tanta diferença. A certeza da punição é mais importante do que a dureza da pena. E uma vez para ser punida, a pessoa também precisa ser reintegrada para que se reduza o índice de reincidência, senão se cria um ciclo cada vez maior de violência. Para além da discussão filosófica da responsabilidade individual do infrator versus a sua condição social, o dado concreto é que em países em que há mais oportunidades de estudo, esporte e lazer para os jovens e trabalho e educação para os adultos, o índice de criminalidade é menor. É isso que deve ser buscado, oportunidades de estudo, e empregos dignos para todos. A violência juvenil está associada a um quadro de vulnerabilidade social. É como se, antes de delinquir, os adolescentes percorressem uma escalada triste: desagregação familiar, falta de acesso a serviços públicos básicos, evasão escolar, envolvimento com drogas. A sociedade e o Estado não estão devidamente articulados para suprir as dificuldades da família de forma a evitar que o adolescente se envolva em práticas criminosas, destruindo sua própria vida e de seus familiares. É isso!
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